Recebi  do Ademir Pascale, organizador da coletânea, um exemplar de Time Out:  Os Viajantes do Tempo. Foi o primeiro livro publicado pela Editora  Estronho que li. O livro possui uma excelente qualidade gráfica, desde a  diagramação e arte em geral até o próprio papel e acabamento. O livro é  muito bom, mas teve apenas um problema, para mim que sou amante deste  tipo de história: foram poucos contos. 
Déjà-Vu: O Forte (Roberto de Souza Causo)
A  parte da história que acontece no passado é muito bem retratada. De  forma geral todo o drama da protagonista, mesmo nas poucas páginas deste  conto, foi muito bem escrito, de maneira que se pode criar facilmente  uma empatia. Não sei se o elemento SciFi ficou timidamente exposto no trecho …que tocara um junguiano inconsciente coletivo armazenado nas paredes do Forte dos Reis dos Magos.
A Velha Canção do Marinheiro do Futuro (Ademir Pascale)
Gostei  muito como o personagem narra sua triste situação. O final é muito bom e  nos trás um sentimento de tristeza, pelo menos para mim assim o foi. Na  minha opinião o único problema que ocorreu no conto - o que pode ter  sido uma variante para uma realidade alternativa escolhida pelo autor -  foi o fato de informar que Albert Einstein foi trabalhar no USS  Eldridge. Na realidade o que ocorreu foi que o navio destróier escolta  da Marinha Americana foi equipado com bobinas construídas por Nikola  Tesla tendo como base a teoria do campo unificado de Albert Einstein. O  Projeto Arco-Íris de invisibiliade de Tesla ficou conhecido como a  Experiência Filadélfia, que foi muito além disto, como podemos constatar  neste ótimo conto.
A Difícil Arte de Lidar com Patrulheiros do Tempo (Miguel Carqueija)
Gostei muito deste conto, descontraído, leitura envolvente e muito engraçado.
Pelas Baladas do Tempo (Luciana Fátima)
O conto até que é interessante mas creio não ser SciFi,  na realidade também não posso afirmar que a proposta da coletânea tinha  que ser ficção científica, mas pelo título da obra é de se esperar algo  no gênero
Modelo do Ano (Álvaro Domingues)
Este é mais um conto descontraído. Narrativa que prende a atenção.
A Máquina da Insanidade (Estevan Lutz)
É  um conto simples e envolvente, mesmo com seus clichês que sempre se  fazem necessários. A abrangência estupenda dos efeitos da máquina da  insanidade é muito interessante. Gostei do trocadilho feito através do  título do conto.
O Último Trem para Plêiades (Allan Pitz)
O  conto possui uma boa narrativa e me prendeu logo nos primeiros  parágrafos. O conceito da viagem temporal não ficou explícita, ficando a  cargo do leitor acreditar se foi “realmente” um retorno no tempo ou se o  mesmo se deu de forma psíquica. Gostei do conceito do projeto inicial  para nosso planeta.
Contra o Apagar das Luzes (Mariana Albuquerque)
O que mais gostei neste conto foi a idéia da ameaça aos “originais”, se é que podemos assim os chamar, dos viajantes temporais.
Ensaio: Viagens no Tempo na Ficção Científica Brasileira (Edgar Indalecio Smaniotto)
Texto muito bem produzido que mostra, de uma certa forma simplificada, a história da literatura SciFi brasileira focada em viagens temporais.
 

 
 
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