sexta-feira, 8 de abril de 2011

O Manuscrito 512

A fim de aprimorar o trabalho em meu livro que estou escrevendo, e dentre as inúmeras pesquisas, esta semana pesquisando sobre o folclore brasileiro e também sobre os exploradores em território brasileiro - principalmente o Coronel Percy Fawcett – deparei-me sobre um tal de Manuscrito 512. Nunca havia ouvido ou lido nada a respeito. Assim, junto com trabalhos e provas na faculdade, mergulhei para pesquisar. O que descobri me deixou espantado, primeiro pelo próprio teor deste manuscrito e também pela falta de divulgação sobre o mesmo. Movido pela paixão sobre este tipo de assunto, compartilho aqui o que descobri.

Depois de navegar por vários sites e blogs sobre o tema, descobri que o Manuscrito 512 se encontra na Biblioteca Nacional no Rio de Janiero. Enviei um email para o Sr. Frederico de Oliveira Ragazzi, Chefe Substituto da Divisão de Manuscritos/FBN pedindo informações a respeito, o qual muito gentilmente respondeu-me informando que o manuscrito não está disponível para visitação pública, mas que o mesmo foi digitalizado e está disponível no link http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_manuscritos/cmc_ms495/mss_01_4_001.pdf. Também compartilhou um estudo sobre o manuscrito feito por Diomario Gervasio de Paula Filho (não encontrei uma referência biográfica sobre ele) no link http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_manuscritos/cmc_ms495/cmc_ms495_2.pdf

            Para não criar mais suspense, então do que se trata tal documento? O documento 512 traz o relato do encontro de alguns bandeirantes com as ruínas de uma cidade perdida, uma civilização arruinada em meio à selva brasileira com indícios de desenvolvimento cognitivo, além de riquezas, e um fim desconhecidos. Tal cidade nunca mais foi encontrada desde então.

O Manuscrito 512 consiste em um dos arquivos manuscritos da época Brasil colonianista, mais precisamente 1753. Tal documento, tem caráter expedicionário, e consiste em um relato de um grupo de bandeirantes, embora o nome de seu autor seja desconhecido.

Não obstante a datação do ano de 1753, estima-se que a escritura seja realmente setecentista por determinados aspectos relatados, seu descobrimento e noção de relevância, contudo, ocorreram apenas em 1839. De forma um tanto irônica para com a importância do documento, e ainda de maneira a reforçar todo o mito que envolve o objeto, o documento 512 foi encontrado ao acaso, esquecido no acervo da biblioteca da corte (então a biblioteca nacional).

O manuscrito, muito antigo, e já deteriorado pelo tempo, foi descoberto por Manuel Ferreira Lagos, e posteriormente entregue ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB); foi nas mãos de um dos fundadores do instituto que a escritura teve seu real valor reconhecido e divulgado. Após leitura o cônego Januário da Cunha Barbosa publicou uma cópia integral do manuscrito na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, com a adição de um prefácio no qual esboçava uma teoria de ligação entre o assunto do documento e a saga de Roberto Dias, um homem que fora aprisionado pela coroa portuguesa por se negar a fazer revelações a respeito de minas de metais preciosos na Bahia.

Visão Geral Sobre o Manuscrito

O documento que hoje traz o subtitulo de Relação histórica de uma occulta e grande povoação antiquissima sem moradores, que se descobriu no anno de 1753, narra o encontro do grupo de bandeirantes com ruínas de uma cidade perdida e desconhecida até então.

O relato da expedição, em sua parte mais conhecida, conta que houve quem avistasse de uma grande montanha brilhante, em consequência da presença de cristais e que atraiu a atenção do grupo, bem como seu pasmo e admiração. Tal montanha frustrou o grupo ao tentar escalá-la, e transpô-la foi possível apenas por acaso, pelo fato de um negro que acompanhava a comitiva ter feito caça a um animal e encontrado na perseguição um caminho pavimentado em pedras que passada por dentro da montanha rumo a um destino ignorado.

Após atingir o topo da montanha de cristal os bandeirantes avistaram uma grande cidade, que a princípio confundiram com alguma pole já existente da costa brasileira e devidamente colonizada e civilizada, todavia ao inspecioná-la verificaram uma lista de estranhezas entre ela e o estilo local, além do fato de estar em alguns trechos completamente arruinada, e absoluta e totalmente vazia: seus prédios, muitos deles co mais de um andar jaziam abandonados e sem qualquer vestígio de presença humana, como móveis ou outros artefatos.
A entrada da cidade era possível apenas por meio de somente um caminho, macadamizado, e ornado na entrada com três arcos, o principal e maior ao centro, e dois menores aos lados; o autor do texto expedicionário observa que todos traziam inscrições em uma letra indecifrável no alto, que lhes foi impossível ler dada a altura dos arcos, e menos ainda reconhecer.

O aspecto da cidade narrada no documento 512 mescla caracteres semelhantes aos de civilizações antigas, porém traz ainda outros elementos inidentificados ou sem associação; o cronista observa que todas as casas do local semelhavam à apenas uma, por vezes ligadas entre si em uma construção simétrica e uníssona.

Há descrição de diversos ambientes observados pelos bandeirantes, admirados e confusos com seu achado, todos relatados com associações do narrador, tais como: a praça na qual se erguia uma coluna negra e sobre ela uma estátua que apontava o norte, o pórtico da rua que era encimado por uma figura despida da cintura para cima e trazia na cabeça uma coroa de louros, os edifícios imensos que margeavam a praça e traziam em relevo figuras de alguma espécie de corvos e cruzes.
Segundo a narrativa transcrita no documento, próximo a tal praça haveria ainda um rio que foi seguido pela comitiva e que terminaria em uma cachoeira, que aparentemente teria alguma função semelhante a de um cemitérios, posto que estava rodeada de tumbas com diversas inscrições, foi neste local que os homens encontraram um curioso objeto que segue descrito a seguir.

Entrementes, quando a expedição seguiu adiante e encontrou os rios Paraguaçu e Una, o manuscrito foi confeccionado em forma de carta, com o respectivo relato, e enviado às autoridades no Rio de Janeiro; a identidade dos bandeirantes do grupo aparentemente foi perdida, restando apenas o manuscrito enviado, e a localização da cidade supostamente visitada tornou-se um mistérios que viria atrair atenção de renomadas figuras históricas.

O Manuscrito na Íntegra

Segue abaixo a Imagem de todas as dez páginas do documento e sua transcrição (o PDF do documento compartilhado no link no começo deste post está com melhor definição e pode ser lido sem problemas).

Página 1

"Relação histórica de huma oculta
e grande povoação, antiquíssima sem mo-
radores, que se descubria no anno de 1753.
Na América P???????? m?rid???????????
nos interiores ????????????????????????????
contiguos aos ?????????????????????????????
Mestre de cam??????????????????????????????
e sua commitiva, havendo dez annos, que se
viajava pelos certões, a ver se descubria as
decantadas minas ???? de prata do gran-
de descubridor Moribeca, que por culpa
de hum governador se não fizeram pa-
tentes, pois queria uzurpar-lhe esta glória,
e o teve prezo na Bahia até morrer, e fi-
carão por descubrir, Veio esta notícia ao
Rio de Janeiro em o princípio do anno de 1754.
Depois de uma longa e importuna perigri-
nação, incitadas da invariável cobiça do ouro, e
quazi perdidas em muitos annos por este vas-
vastíssimo. Então descubrimos huma cordi-
lheira de montes tão elevados, que parecia
chegavão à Região Média, e que servirão
de throno(?) ao recanto as mesmas trilhas; o
luzimento que de longe se admirava prin-
zoalmente quando sol fazia impressão ao
ao cristal de que era um portão formando hu-
ma vista tão grande e agradavel que nin-
guem daqueles reflexos podia afastar os
olhos: entrou a chover antes de entrarmos
e rejistar..."


Página 2

"rejistar está cristallina maravilha e viamos sobre a
pedra agua levada(?), correr as águas, precipitando-nos
altos ??deles, parecendo-nos com a neve, ferida
?????????????????????????radáveis vistas daquelle chris
???????????????????????????ira se reluziria
??????????????????????????? das águas, e tranquili
???? do tempo nos rezistimos a investigar aquelle
admiravel prodigio da natureza, chegando-nos no
pé dos montes, sem embaraço algum de matos, ou
rios, que nos difficultasse o transito; porem circulando
as montanhas, não achamos páto franco para exe-
cutar-mos a resolução de accommeter-mos estes al-
pes, e Pynineos Brazillicos, resultando-nos deste des-
engano huma enexplicável tristeza.

Abarracados nós, e com o dezígnio
de retrocedermos no dia seguinte, ????????? correr
hum negro, andando à lanha, a hum veado
branco, que vio, e descobrir por este ???? o caminho
entre duas serras, que pareciam cortadas por artifí-
cio, e não pela natureza: com o alvoroço desta novi-
dade principiamos a subir, achando muita pedra
solta, e amontoada, por onde julgamos ser cal-
çada desfeita com a continuação do tempo. Gasta-
mos boas tres horas na subida, porém ????? pelos
christais que admiravamos e no cume do monte
fizemos alto, do qual estendendo a vista víamos em
hum campo razo maiores demonstrações para a nos-
sa admiração. ------
Divizamos"

Página 3

"Devizamos couza de legoa e meia huma
povoação grande, pertundindo-nos pelo dilatado da figu-
ra ser alguma cidade da costa do Brasil. Descemos lo-
go ao valle com cautella ?????? llaria em semelhante
?????, mandando explor?????????????????????????????
gar a qualidade, e ???????????????????????????????????
se bem que reparam????????????????????????????????????
?uminés, sendo este, hum dos signaes evidentes de
povoações.

Estivemos dois dias esperando aos ex-
ploradores paa o fim que muito dezejavamos, e só
ouvíamos contar gastos para ajuizar que havia alli po-
voadores; até que chegavao aos nossos dizeganados-
de que não havia moradores, ficando todos confu-
zos: ??????? depois um índio da nossa com-
mitiva a entrar a todo ????, e com precaução, mas
tornando assombrado, affirmou não achar, nem descu-
brir rastro de pessoa alguma: este cazo nos fez con-
fundir de sorte; que não acreditamos pelo que via
mos ????????????, enfim se arrojavão todos os ex-
ploradores ???? seguindo os passos do índio.------

Vieram, confirmando o referido depoim.t
de não haver povo, e affim nos determinamos todos
a entrar com armas por esta povoação, em huma
madrugada sem haver quem nos sahisse ao encon-
tro a impedir os passos, e não vihamos outro cami-
nho senão o único que tem a grande povoação, cu
ja entrada he por tres arcos de grande altura, o
do meio he maior, e os dois dos lados são mais pe-
quenos^: sobre o grande, e principal, devizamos letras
que "

Página 4

que se não poderião copiar pela grande altura. ---
“Faz huma rua da largura dos três arcos
com cazas de sobrados de huma, e outra parte, com
as fronteiras de pedra lavrada, e já denegrida. So-
???????????????inscripções, abertas to
??????????????????? ortas são baxas defei
?????????????????? nas, notando que pela
regularidade, e semetria em que estão feitas, pa-
rece huma só propriedade de cazas, sendo em
realidade muitas, e alguas com seus terraços des-
cubertos, e sem telha, porque os tetos são de ladri-
lho requeimado huns, e de lajes outros.
Corremos com bastante pavor algumas
cazas, e em nenhuma achamos vestígios de alfaias,
nem móveis, que pudéssemos pelo uso, e trato, co-
nhecer a qualidade dos naturaes: as cazas são
todas escuras no interior, e apenas tem huma es-
caça luz, e como são abóbedas, ressoavão os eccos dos
que falavão, e as mesmas vozes atemorizavão.
Passada, e vista a rua de bom com-
primento, demos em huma Praça regular, e no meio
della huma collumna de pedra preta de grandeza
extraordinária, e sobre ella huma Estatua de homem
ordinario, com huma mão na ilharga esquerda, e o
braço direito estendido, mostrando com o dedo index
ao Polo do Norte: em cada canto da dita Praça es-
tá huma Agulha a immitação das que uzavão
os romanos, e mais algumas já maltratadas, e par-
tidas, como feridas de alguns raios.”

Página 5

" Pelo lado direito desta Praça esta hum
soberbo edifício, como casa principal de algu se
nhor da Terra, faz hum grande sallão na entrada
e ainda com medo não corremos todas as casas,
sendo tantas, e as retrat???????????????????
zerão formar algu????????????????????????
mara achamos hum????????????????????
massa de extraordinária???????????????????
pessoas lhe custavão a levanta lla.------
Os morcegos erão tantos, que envis-
tião as caras das gentes, e fazião uma tal bulha,
que admirava: sobre o pórtico principal da rua
está huma figura de meio relevo talhada da mes-
ma pedra e despida da cintura para cima, coroa-
da de louro: reprezenta pessoa de pouca idade,
sem barba, com huma banda atraveçada, e hum
fraldelim pela cintura: debaixo do escudo da tal
figura tem alguns characteres já gastos com o tem
po, devizão-se, porém os seguintes (caractere)



Da parte esquerda da dita Praça esta
outro edifício totalmente arruinado, e pelos vestígios
bem mostra que foi Templo, porque ainda conservam
parte de seu magnífico frontespicio, e alguas na-
ves de pedra inteira: ocupa grande territorio, e nas
suas arruinadas paredes, serem obras de primor
com algumas figuras, e retratos embutidos na pedra
com cruzes de vários feitios, corvos, e outras miudezas
que carecem de largo tempo para admira llas.”
Segue-se a este edificio huma gran
de parte de Povoação toda arruinada e sepultada em
grandes"

Página 6

"grandes, e medonhas aberturas da terra, sem que em
toda esta circunferencia se veja herva, arvore, ou plan-
ta produzida pela natureza, mas sim montões de pedra,
humas toscas outras lavradas, pelo que entendemos ha
as fronteiras de ????????? verção, porque ainda entre
????????? ?????????????????? da de cadáveres, que
????????? ?????????????????? e parte desta infeliz
????????? ????????? ????????? da, e dezamparada,
talves por algum terremoto.
Defronte da dita Praça corre hum
caudalozo Rio, arrebatadamente largo, e espaçoso com
algumas margens, que o fazem muito agradavel á
vista: terá de largura onze, até doze braças, sem vol-
tas concideraveis, limpas as margens de arvoredo, e
troncos, que as inundações costumão trazer: sonda-
mos a sua Altura, e achamos nas partes mais profundas
quinze, até dezesseis braças. Da parte dalém tudo
são campos muito viçosos, e com tanta variedade de
flores, que parece entoar a Natureza, mais cuida-
doza por estas partes, fazendo produzir os mais mi-
mozos campos de flora: adimiramos tão bem algu-
mas lagôas todas cheias de arrôs: do qual nos
aproveitamos e também dos innumeraveis ban-
dos de patos que se crião na fertilidade destes
campos, sem nos ser deficil cassa-llos sem chum-
bo mas sim as mãos
Tres dias caminhamos Rio abaixo,
e topamos huma catadupa de tanto estrondo pe-
la força das agoas, e rezistencia no lugar, que
julgamos não faria maior as boccas do decan
tado Nillo”

Página 7

“tado Nillo: despois deste salto espraia de sorte o Rio
que parece o grande Oceano: He todo cheio de Pe-
ninsulas, cubertas de verde relva: com algumas ar-
vores disperças, que fazem.................hum tiro convi
davel. Aqui achamos ????????????????????????
a falta delle de noss????????????????????????
ta variedade de caça????????????????????????
tros muitos animais criados sem cassadores que os
corrão, e os persigão.
Da parte do oriente desta entrada
achamos varios subcavões, e medonhas covas,
fazendo-se experiência de sua profundidade
com muitas cordas; as quais por mais compri-
das que fossem, nunca podemos topar com
o seu centro. Achamos tambem algumas pedras
soltas, e na superfície da terra, cravadas de pra-
ta, como tiradas das minas, deixadas no tempo.
Entre estas furnas vimos huma
coberta com huma grande laje, e com as seguin
tes figuras lavradas na mesma pedra, que insi-
nuão grande mysterio ao que parece (caracteres)



Sobre o Portico do Templo vimos outras da forma
seguinte dessignadas.
(caracteres) 




Afastado da Povoação, tiro de canhão, está
hum edificio, como caza de campo, de duzen
tos e sincoenta passos de frente; pelo qual se
entra por hum grande portico, e se sobe, por hu
ma escada de pedra de varias côres, dando-se logo”

Página 8

“em huma grande salla, e depois desta em quin-
ze cazas pequenas todas com portas para a dita
salla, e cada huma sobre si, e com sua bica de agoa
???????????????????????? qual agoa de ajunta
????????????????????????mão no pateo externo
???????????????????????? columnatas em cir-
????????????????????????dra quadrados por
arteficio, suspensa com os seguintes caracteres:
(caracteres) 




Depois destas admirações entramos pelas
margens do Rio a fazer experiencia de descubrir
ouro e sem trabalho achamos boa pinta na su-
perficie da terra, promettendo-nos muita gran-
deza, assim de ouro, como de prata: admiramo-
nos ser deichada esta Povoação dos que a habita-
vão, não tendo achado a nossa exacta diligencia
por estes certões pessoa alguma, que nos conte des-
ta deploravel maravilha de quem fosse esta po-
voação, mostrando bem nas suas ruínas a figura
opulenta nos séculos em que ?????? florescia
povoada, e oppulenta nos séculos em que florecia po-
voada; estando hoje habitada de andorinhas,
morcegos, Ratos e Rapozas que cebadas na mui-
ta creação de galinhas, e patos, se fazem maiores
que hum cão perdigueiro. Os Ratos tem as per-
nas tão curtas, que saltão como pulgas, e não
andão, nem correm como os de povoado.
Daqui deste lugar se apartou
hum companheiro, o qual com outros mais,
depois”

Página 9

“depois de nove dias de boa marcha avistarão a beira
de huma grande enseada que faz hum Rio a huma
canôa com duas pessoas brancas, e de cabellos pretos, e
soltos, vestidos a Europea, e dando hum tiro como
signal para seve ????????????????????????
para fugirem. Ter ????????????????????????
felpudos, e bravos, ????????????????????????
ga a elles se encrespão todos, e investem
Hum nosso companheiro chama-
do João Antonio achou em as ruinas de huma
caza hum dinheiro de ouro, figura esferica, ma-
ior que as nossas moedas de seis mil e quatro-
centos: de huma parte com a imagem, ou figura
de hum moço posto de joelhos, e da outra parte
hum arco, huma coroa e huma setta, de cujo
genero não duvidarmos se ache muito na dita
povoação, ou cidade dissolada, por que se foi
subversão por algum terremoto, não daria
tempo o repente a por em recato o preciozo, mas
he necessario hum braço muito forte, e podero-
zo para revolver aquele entulho calçado de tan-
tos annos como mostra.
Estas noticias mando a v.m., deste cer-
tão da Bahia, e dos Rios Pará-oaçu, Uná, assen-
tando não darmos parte a pessoa algua, por-
que julgamos se despovoarão Villas, e Arraiais; mas
eu a V.me. a dou das Minas que temos descuber-
to, lembrando do muito que lhe devo. ------
Suposto que da nossa Companhia
sahio já hum companheiro com pretexto differente,”

Página 10

“differente contudo peço-lhe a V.me. largue essas penú-
rias, e venha utilizar-se destas grandezas, usando das
industrias de peitar esse indio, para se fazer pe-
dido, e conduzir a V.me. para estes thesouros, ???
????????????????????????Acharão nas entradas
????????????????????????? sobre lages.
Primeira __________ (caracteres)
Segunda __________ (caracteres)
Terceira __________ (caracteres)
Quarta __________ (caracteres)
Quinta __________ (caracteres)
Sexta __________ (caracteres)
Sétima __________ (caracteres)
Oitava __________ (caracteres)
Nona __________ (caracteres)


18 comentários:

  1. Cara, como voce acha essas coisas ?? Parabens pelo trabalho.

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  2. história muito interessante. dá um livraço de ficção, se bem utilizada.
    abraços.

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  3. Parabéns, Marcelo!
    Sensacional. Continue, vá em frente!
    Abraços
    Roque Cezar

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  4. Marcelo meus parabéns. Fantástica sua descoberta e obrigado por compartilhar conosco essa preciosidade. Como você, também aprecio a pesquisa por novas descobertas e por isso estudo há muitos anos o insólito e o mistério. Já tenho um livro publicado e estou produzindo mais um, fora os contos naturalmente o/

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  5. Meu amigo, voce é um gênio, parabéns pelo seu talento e desejo de saber mais, desta forma tem nos contemplado com descobertas maravilhosas! Beijos e abraços na sua família linda!!

    Andreia Simões

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  6. Interessante notar que alguns dos caracteres tem a aparência de grego e outros como os caracteres de egípcio reformado que Joseph Smith copiou do Livro de Mormon. Muito interessante, ainda que difícil de acreditar que tais ruínas de fato possam ter existido.

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  7. Muy interessante. Este é o primeiro texto que vejo ser tão descritivo sobre o tema de resíduos civilizatorios no interior do Brasil além dos relatos meio fantasiosos do Percy Fawcett. Nos anos 80 foi lançado um livro de nome "O Enigma de Paraúna", escrito por um autor meio desconhecido chamado Alódio Tovar, falando sobre um complexo de construções decaídas e configurações rochosas na região centro-sul de Goiás. Quando li o manuscrito acima lembrei de muitas descrições similares a respeito dessa região. A cidade de Paraúna não é tão longe da civilização mas aparentemente até hoje ninguém a explorou decentemente. E ainda tem a famosa pedra do Ingá, com suas inscrições que alguns acham parecido com hitita (eles escreveram algo?).

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  8. Há anos já tinha ouvido falar ou lido sobre esse suposto relato dos bandeirantes; finalmente pude tomar conhecimento de sua existência real. Talvez o autor seja um ficcionista setecentista,mas no mínimo, o relato é muito curioso e boa fonte para uma história.

    Sid Castro

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  9. Certamente o autor não é um ficcionista, pois eu mesmo já tive a oportunidade de ver esses mesmos caracteres em outra ocasião, fiquei surpreso. Muito bom.

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  10. Muito interessante. De fato, é uma boa fonte para se criar um ótima história. Quase todos os brasileiros desconhecem relatos sobre civilizações antigas no Brasil, e acham que isso só existe em outros países. Certamente isso dará um bom fruto.

    abraços.

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  11. incrivel.... parabens....

    Andre Nagasse

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  12. Só em pensar que esse povo poder ser o povo de Lei, poder ser Harahenla. Que interessante, parabens pela pesquisa.

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  13. Passe lá no meu blog. Se gostar, me siga. Eu gostei daqui, já estou dentro, te seguindo.
    Felicidades.
    Hiper abraço,
    João.
    www.ludugero.blogspot.com

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  14. Show, se não fosse o canal vc sabia eu nem saberia que essa história existia

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  15. Sinto que não deixam ver o manuscrito original por ter mais coisas ocultas que podem dar até pistas de onde realmente se encontra essa civilização perdida (tenho dado essa palavra como estudante de investigação forense e estou sempre pesquisando muito sobre esse manuscrito e até agora achei esse blog muito instrutivo quanto a isso parabéns pelo trabalho)

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  16. Existe uma cidade na Bahia próxima a Chapada Diamantina, Igatu. Se vocês observarem com bastante cautela a arquitetura não só da cidade que conhecemos hoje como os sítios arqueológicos que ainda se encontram lá, verão que pode ser a suposta cidade (hoje já soterrada pelo tempo) do manuscrito 512. Deem uma olhada.

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  17. Que legal, muito obrigado pela informação.

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