quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Os Dois Livros em Passado Imperfeito

O conto "Os Dois Livros", da coletânea Passado Imperfeito da Editora Argonautas organizado por Ademir Pascale, será minha primeira publicação como autor convidado e foi uma experiência gratificante. Diferente das minhas outras publicações onde fui selecionado, desta vez senti o peso maior da responsabilidade ao ter que escrever um texto que estaria ao lado de escritores mais experientes que eu e que não concorreria com ninguém. No final creio que o resultado ficou muito bom.

Quando fui convidado, o tema designado para a história era sobre Santos- Dumont. Fiquei extremamente empolgado, pois ele é um dos meus heróis e, escrevendo e pesquisando sobre ele, me diverti muito ao escrever este conto.

Compartilho com vocês um trecho do conto.


Os Dois Livros

           Alberto acordou ouvindo batidas ao longe. De bruços e com o rosto no travesseiro demorou a perceber que alguém estava à porta. Lentamente sentou-se à beira do colchão colocando as mãos na cabeça. Como doía. Olhou para os livros no criado mudo e bocejou com gosto, quase deslocando a mandíbula. Aos poucos, a recordação dos eventos da noite anterior explicava aquela ressaca.

           O voo com o 14-Bis no campo de Bagatelle em Paris havia sido um sucesso, levando-o a vários compromissos de comemoração madrugada adentro. Ao levantar os braços, espreguiçando-se de forma relaxante, ouviu com mais nitidez as batidas na porta. Com muito esforço levantou-se e saiu do quarto. Sem abrir os olhos desceu a escada chegando até a porta da frente e, ao abri-la, distinguiu apenas dois vultos em meio ao clarão que lhe ofuscava a visão. Percebeu, pela posição do sol, que já passava do meio-dia.

          — Monsieur Santos Dumont? — indagou um dos visitantes.

          — Sim, sou eu — afirmou Alberto enquanto bocejava.

          — Sou o oficial Jean-Luc Junot da Polícia Nacional Francesa e este aqui é o Agente Charles Hilton da Scotland Yard.

          — Em que posso ajudá-los, cavalheiros? — Alberto desta vez cobriu a boca com a mão ao deixar escapar mais um bocejo.

          — Preciso que nos acompanhe, Monsieur.
...
continua em Passado Imperfeito.

4 comentários:

  1. Santos Dumont foi o cara ...quem já parou pra estudar pelo menos um pouquinho sobre ele não tem como não torná-lo um herói. Parabéns Marcelo por mais esta conquista. Eu e Chrys estávamos conversando recentemente sobre seus talentos, os quais não são poucos. Torcemos por você.

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  2. Parabéns, Marcelo. Legal ver o reconhecimento pelo seu trabalho. Sucesso! =D

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